A primeira família entrou em contato comigo no final de Março,via e-mail, foi um tanto demorado o processo todo, para finalmente o primeiro contato.
Era uma família de San Diego, com apenas uma menina de 7 anos, se eu não me engano. A mãe, que foi a única a entrar em contato, era muito simpática e escrevia muito bem. Trocamos alguns e-mails com informações básicas. Estava muito animada até ela me explicar que queria alguém com grande experiência em direção. Pra quem tinha tirado carteira em Outubro do ano passado, com certeza experiência eu não tinha.
A segunda não tem muito o que falar. Eu estava trabalhando no momento que me ligaram, e logo desistiram. Então a única coisa que pude falar foi: pode me ligar daqui 2hs por favor, eu estou no trabalho agora. Era uma família com 4 crianças.
A terceira foi interessante, não faz nem um mês desde o contado dela. Trocamos e-mails combinando um horário para uma ligação. No dia e hora marcados eu atendi o telefone extremamente nervosa. Era minha primeira conversa com um nativo. Foi aí que percebi o quanto meu inglês era bom e horrível ao mesmo tempo. Entendia 100% que o pai (só falei com o pai) falava, mas...na hora de falar...o português com o inglês se misturavam na minha mente e não conseguia organizar as ideias. Travava no meio das frases, esquecia de inverter o sujeito com o verbo na hora das perguntas. Foi realmente engraçado. Conversamos por mais de meia hora, (não me pergunte como) foram vários assuntos, fiquei super contente quando ele falou ao final que iria combinar com a esposa, que estava em um curso no momento, de entrarem em contato novamente. Fiquei na esperança por muito tempo, até que recebi a notícia que eles não entrariam mais em contato. Não sei dizer o que deu errado, penso que meu inglês enferrujado ajudou nessa decisão. E não posso deixar de levar em conta que não sou a única opção. Existem muitas Au Pairs disponíveis, e as famílias tem acesso a várias.
Uma semana depois, recebo outro e-mail de uma quarta família. Quatro crianças, sendo um casal gêmeos com 3 anos e mais duas meninas. Moram em Pensilvânia. Me mandaram um e-mail com fotos e outro com uma espécie de perfil deles. Marcamos também um horário para conversar.
A minha expectativa já estava quase no zero, tive a ideia de escrever sinceramente tudo que havia passado desde que fiquei sabendo do programa, contei das famílias e dos meus erros quanto ao inglês. Fiz questão de mandar antes da conversa no telefone, para que eles já atendessem sabendo das minhas qualidades e defeitos.
A resposta foi imediata, agradeceram muito pela "carta" e estavam ansiosos pela conversa. Eu confesso que estava ansiosa também, mas morrendo de medo.
No telefone foi bem engraçado, pra variar, não faltaram "brancos" em minha mente. Novamente me via nervosa e gaguejando frases incompletas. Dessa vez conversei com o casal ao mesmo tempo, eles me ajudavam falando que eu não precisava me preocupar com o inglês, que entendiam a minha dificuldade e o nervosismo. Foram ainda super bonzinhos em falar "você está muito bem, não se preocupe!". A ligação durou praticamente meia hora, o combinado era manter o contato por e-mails durante a semana e mais uma ligação no final.
Não quero entrar em detalhes quanto às perguntas e respostas dos e-mails. Pra resumir: conversamos sobre tudo. Belo resumo!
Cada e-mails que recebia ia gostando mais, pensei que se não fosse essa, definitivamente iria desistir desse programa.
Resultado final: sim...eu vou!!!
Já sabe o próximo assunto, não é!?
Vou falar, no geral obviamente, sobre essa maravilhosa família que me acolherá por um ano.
Boa Noite!
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