segunda-feira, 29 de junho de 2009

As famílias e os contatos

A primeira família entrou em contato comigo no final de Março,via e-mail, foi um tanto demorado o processo todo, para finalmente o primeiro contato.

Era uma família de San Diego, com apenas uma menina de 7 anos, se eu não me engano. A mãe, que foi a única a entrar em contato, era muito simpática e escrevia muito bem. Trocamos alguns e-mails com informações básicas. Estava muito animada até ela me explicar que queria alguém com grande experiência em direção. Pra quem tinha tirado carteira em Outubro do ano passado, com certeza experiência eu não tinha.

A segunda não tem muito o que falar. Eu estava trabalhando no momento que me ligaram, e logo desistiram. Então a única coisa que pude falar foi: pode me ligar daqui 2hs por favor, eu estou no trabalho agora. Era uma família com 4 crianças.

A terceira foi interessante, não faz nem um mês desde o contado dela. Trocamos e-mails combinando um horário para uma ligação. No dia e hora marcados eu atendi o telefone extremamente nervosa. Era minha primeira conversa com um nativo. Foi aí que percebi o quanto meu inglês era bom e horrível ao mesmo tempo. Entendia 100% que o pai (só falei com o pai) falava, mas...na hora de falar...o português com o inglês se misturavam na minha mente e não conseguia organizar as ideias. Travava no meio das frases, esquecia de inverter o sujeito com o verbo na hora das perguntas. Foi realmente engraçado. Conversamos por mais de meia hora, (não me pergunte como) foram vários assuntos, fiquei super contente quando ele falou ao final que iria combinar com a esposa, que estava em um curso no momento, de entrarem em contato novamente. Fiquei na esperança por muito tempo, até que recebi a notícia que eles não entrariam mais em contato. Não sei dizer o que deu errado, penso que meu inglês enferrujado ajudou nessa decisão. E não posso deixar de levar em conta que não sou a única opção. Existem muitas Au Pairs disponíveis, e as famílias tem acesso a várias.

Uma semana depois, recebo outro e-mail de uma quarta família. Quatro crianças, sendo um casal gêmeos com 3 anos e mais duas meninas. Moram em Pensilvânia. Me mandaram um e-mail com fotos e outro com uma espécie de perfil deles. Marcamos também um horário para conversar.

A minha expectativa já estava quase no zero, tive a ideia de escrever sinceramente tudo que havia passado desde que fiquei sabendo do programa, contei das famílias e dos meus erros quanto ao inglês. Fiz questão de mandar antes da conversa no telefone, para que eles já atendessem sabendo das minhas qualidades e defeitos.

A resposta foi imediata, agradeceram muito pela "carta" e estavam ansiosos pela conversa. Eu confesso que estava ansiosa também, mas morrendo de medo.

No telefone foi bem engraçado, pra variar, não faltaram "brancos" em minha mente. Novamente me via nervosa e gaguejando frases incompletas. Dessa vez conversei com o casal ao mesmo tempo, eles me ajudavam falando que eu não precisava me preocupar com o inglês, que entendiam a minha dificuldade e o nervosismo. Foram ainda super bonzinhos em falar "você está muito bem, não se preocupe!". A ligação durou praticamente meia hora, o combinado era manter o contato por e-mails durante a semana e mais uma ligação no final.

Não quero entrar em detalhes quanto às perguntas e respostas dos e-mails. Pra resumir: conversamos sobre tudo. Belo resumo!
Cada e-mails que recebia ia gostando mais, pensei que se não fosse essa, definitivamente iria desistir desse programa.

Resultado final: sim...eu vou!!!

Já sabe o próximo assunto, não é!?

Vou falar, no geral obviamente, sobre essa maravilhosa família que me acolherá por um ano.

Boa Noite!

sábado, 27 de junho de 2009

O começo de tudo.

Estou criando esse blog como uma promessa que fiz a mim mesma há algum tempo. Como as pessoas que realmente me conhecem sabem, uma das coisas que gosto de fazer é escrever ou falar sobre as "loucuras", ou mesmo filsofias, que passam pela minha mente quase sempre.

Voltando ao assunto principal: a minha promessa. Ela é bem simples, quando decidi ser Au Pair, como iria ter muitas experiências diferentes, em um país diferente e tudo mais, resolvi não guardar só pra mim. E também, é claro, pra satisfazer todos aqueles que me perguntarem: e aí, novidades? Como está tudo por aí, me conte tudo!! -- Por pura preguiça de escrever para todos, e ainda no orkut, porque encontrar alguém que use e-mail hoje em dia é difícil. Nada melhor que ir escrevendo tudo por aqui, e os que estão REALMENTE interessados, vão com certeza peder uns minutos, ou talvez horas, lendo meus diários por aqui. Então, fica tudo mais fácil, não é!? Falando em orkut, já vou avisando que pretendo me ausentar desse vírus, hehe, não está me trazendo muitos benefícios ultimamente, está realmente ficando inútil. Mais uma razão para criar um blog.

Sempre tive aquela grande vontade de largar tudo, do nada, e "sair pelo mundo" descobrindo coisas, conhecendo culturas e lugares diferentes. Coragem eu sempre tive, mas sabe como é, eu não gosto de preocupar as pessoas, e isso com certeza iria preocupar meus amados progenitores, hehe. De qualquer forma, sempre foi algo presente na minha vida, e com certeza é por essa razão que não consigo encontrar algo que me prenda e que eu goste ao mesmo tempo.

Para não entediar os leitores, tenho de aprender a ir direto ao assunto, não ficar dando rodeios ou detalhes desnecessários, coisa que aprendi com meu velho, ou melhor, Papis (como ele adora ser chamado pela querida caçula, hehe, e metida essa hein!).

Em julho do ano passado fiquei sabendo do programa Au Pair de intercâmbio, não me lembro bem como, só sei que estava com meu irmão "futricando" alguma coisa na internet. Foi de cara algo que me chamou a atenção, comecei a pesquisar rapidamente, em uma semana ou duas eu já tinha me inscrito em uma agência. Tive de correr atrás de várias coisas que ainda não haviam passado pela minha mente. Tirei carteira de motorista, logo depois a internacional, passaporte, só com esses três já se foi uma "grana bruta". Teve também uma documentação imensa que eu tive de providenciar, nem vou citar porque é realmente entediante. Se tiver a curiosidade, é só procurar pelo programa em qualquer agência que você vai saber.

Estava tão animada e cheia de energia, queria ir logo, me coloquei disponível para agosto. A coisa foi esfriando a medida que eu percebia quanto o processo era demorado, e pra piorar, não passei de primeira na auto-escola (R$150,00 só pra refazer), nervosismo é a pior coisa que existe! Foi uma coisa atrás da outra acontecendo, tudo parecia atrasar mais o meu processo e me deixar mais nervosa. Sabe quando eu fiquei disponível para as famílias!?? No finalzinho do ano.

Esse post já está grandinho, vou separá-los por assunto, e deixar o suspense, hehe.

Amanhã irei escrever sobre as famílias que entraram em contato e irei chegar no momento presente. Quero resumir ao máximo essa parte que passou, mas é um tanto quanto complicado, foram tantos detalhes que não podem passar. Acho que mesmo nas postagens futuras eu devo retornar para contar alguma coisa que complemente. Ficamos combinados assim!?

Ninguém sabe desse blog ainda, é engraçado escrever sem saber quem serão os leitores, ou se existirão leitores, eu supero...hehe.

Boa noite!